13 de julho de 2013

Meu Deus, quantos livramentos!


Para nós é tão normal acordar e fazer todas as atividades do dia, que não são poucas. À noite, vamos dormir e acordar novamente no dia seguinte. O relógio dá suas voltas e a vida segue. Nós realmente nos acostumamos a estar vivos e fisicamente intactos. Mas permita-me levar você a refletir em uma coisa:
Em todo o mundo, todos os dias, pessoas sofrem acidentes e morrem. Pessoas são envenenadas e morrem. Pessoas adoecem e morrem. Pessoas são assaltadas e morrem. Pessoas são abortadas e morrem ainda no ventre! Cada novo dia de vida é um presente.
Se você está em condições de ler esta mensagem é porque recebeu uma imensidão de livramentos em toda a sua história. Deus tem cuidado de você e isso não é uma coisa “comum”. É um milagre!
No primeiro versículo do Salmo 16, Davi pede a proteção de Deus: “Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio”. Vejam que interessante. Davi era rei e um guerreiro experiente. Possuía provavelmente as melhores armaduras de sua época, excelentes armamentos de guerra e um numeroso exército à sua disposição. Todavia mantinha viva em sua mente a consciência de que mesmo com todos esses recursos, precisava da mão de Deus agindo em seu favor para permanecer vivo. A segurança de Davi era Deus, Seu refúgio eram as asas do Altíssimo (Sl 57.1)
Não podemos nos acostumar com as bênçãos de Deus. Não podemos achar que o Senhor tem a obrigação de nos proteger dos perigos desta vida terrena. Se Ele faz isso, é por causa de Seu amor e misericórdia. “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;” (Lamentações 3.22)
Feche seus olhos por um instante. Lembre-se de alguns momentos em que você poderia ter morrido ou mesmo prejudicado de alguma forma qualquer e o pior não aconteceu. Eu expus alguns, pois, lembrar de todos os livramentos é impossível, a maioria deles você nem sabe que recebeu.
Mas todos esses momentos tenebrosos de sua caminhada, percebidos ou não, a mão poderosa do Senhor te guardou. Por isso, agradeça todos os dias o privilégio de ser filho do Pai mais atento e protetor de todos: DEUS.
Meu Deus, quantos livramentos! Graças Te rendemos, Pai! Hoje e Sempre. Amém.
 Thais Monteiro



7 de julho de 2013

Fora da Bigorna


de Max Lucado

Enquanto digito a conclusão deste livro, meus pensamentos acabaram de sofrer um novo impacto. Minha esposa e eu voltamos há pouco de uma viagem de emergência para ver meu pai. Ele está muito doente. Sofre da doença Lou Gehrig (Esclerose Lateral Amiotrófica), que ataca os músculos e para a qual não se conhece cura, nem a sua origem. Fomos chamados para ir vê-lo sem saber se iríamos encontrá-lo vivo ao chegarmos. Mas ele estava vivo e ainda continua vivendo. "Todavia, embora tivesse melhorado bastante, nós sabemos (e ele também) que, a não ser pela intervenção divina, o tempo de sua partida está próximo.

Meu pai é um homem de grande fé. Um professor apto e um líder influente. Ele jamais deixou qualquer dúvida quanto à sua posição sobre Deus. Suas primeiras palavras para nós, quando fomos vê-lo na unidade de terapia intensiva foram: "Estou pronto para ir para o céu. Penso que chegou a minha hora".

Quando a doença foi diagnosticada, minha mulher e eu nos encontrávamos nos últimos estágios dos preparativos para trabalhar como missionários na cidade do Rio de janeiro, no Brasil. Quando soube que meu pai tinha uma doença terminal, escrevi-lhe oferecendo para mudar meus planos e ficar com ele. Mas imediatamente me respondeu, dizendo: "Não se preocupe comigo. Não temo a morte nem a eternidade. Vá... agrade a Ele".

A vida de meu pai é um exemplo de um coração derretido no fogo de Deus, formado em sua bigorna e usado em sua vinha. Ele sabia e sabe, qual o propósito de sua vida. Numa sociedade de dúvidas e confusão, a vida dele sempre foi definida.

Uma passagem pela bigorna de Deus deve fazer isso por nós: esclarecer nossa missão e definir nosso propósito.

Quando uma ferramenta emerge da bigorna do ferreiro, sabe-se perfeitamente para o que serve. Não há qualquer dúvida sobre a sua aplicação. Basta olhar para a ferramenta e você sabe na mesma hora qual a sua função. Se pegar um martelo, sabe que foi feito para bater pregos. A serra foi feita para cortar madeira. A chave de fenda serve para apertar parafusos.

Quando um ser humano sai da bigorna de Deus, o mesmo deveria acontecer. Ao sermos provados por Deus, nos lembramos que nossa função e tarefa é cuidar dos negócios dele; que nosso propósito é ser uma extensão da sua natureza, um embaixador de sua corte real e um arauto da sua mensagem. Devemos sair da oficina sem qualquer indagação sobre o motivo de termos sido feitos. Conhecemos nosso propósito.

Num mundo de confusão de identidade, de compromissos vacilantes e futuros incertos, vamos ser firmes em nosso papel. A sociedade precisa desesperadamente de um grupo de pessoas cuja tarefa seja clara e cuja determinação seja indiscutível.

Deus não escondeu sua vontade de seu povo. Nosso Mestre não brinca conosco. Sabemos quem somos. Sabemos para o que fomos feitos. Pode haver alguma pergunta de vez em quando sobre como e com quem devemos realizar a sua missão. Mas a verdade subjacente continua a mesma. Somos o povo de Deus e devemos cuidar dos seus negócios.

Se vivermos deste modo, poderemos, como meu pai, entrar nos últimos anos com a segurança de saber que a nossa vida foi bem gasta e que o céu está à nossa espera.

Existe recompensa maior que essa?